O que é IGPM e como ele impacta nos preços do aluguel

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O IGPM Índice Geral de Preços – Mercado é um importante indicador para a vida do brasileiro. Divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) foi concebido no final dos anos 1940 para ser uma medida abrangente do movimento de preços, que englobasse não apenas diferentes atividades como também etapas distintas do processo produtivo. Mas afinal, o que é o IGPM? Como ele afeta o mercado?

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O que é IGPM

Muitas pessoas podem já ter ouvido falar sobre o assunto, mas ainda possuem muitas dúvidas sobre o que é o IGPM. Assim, estamos falando de um indicador de preços auferido mensalmente. Ele é utilizado para medir a inflação e é composto pela ponderação de 3 outros índices que explicaremos mais tarde: IPA (60%), IPC (30%) e INCC (10%).

Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) seu valor não costuma ser próximo ao mercado. Isso acontece porque se trata de um índice geral de preços que influencia quem trabalha em indústrias que podem ter sua produção afetada pela oscilação do dólar.

No IGPM, apenas 30% do seu valor é composto por preços ao consumidor. Caso você queira se referir a um índice diretamente voltado para esse mercado é utilizado o IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Dessa forma, o IGPM é um fator muito relevante quando falamos da macroeconomia do Brasil. Além disso, o IGPM também é muito investigado por investidores já que ele também tem grande influência em investimentos de curto, médio e longo prazo.

As pesquisas monitoram preços dos itens cotidianos como comida, transporte e vestuário para avaliar a movimentação de preços. Quanto mais elevado o preço desses itens, mais o indicador sobe e vice-versa. Quando ocorre o aumento, significa que o ‘dinheiro está valendo um pouco menos’. Afinal, os seus rendimentos não são corrigidos pela inflação.

Para que serve o IGPM

Agora que você entendeu o que é IGPM é preciso entender para que ele serve. Como dissemos, esse índice mede a variação dos preços, informando sobre inflação ou deflação. Com maior oscilação que o IPCA esse dado determina o “valor do dinheiro”. Se o índice está alto significa que o “dinheiro está valendo menos” e por isso é preciso analisar esses dados para prever movimentos do mercado. Outros dados a serem levados em consideração são o IPCA e a Taxa de Juros Selic.

A variação dessa taxa pode ocorrer por fatores extraordinários. Em 2018, por exemplo, o IGPM disparou 1,38% e o motivo disso foi uma instabilidade na economia ocasionada pela greve dos caminhoneiros. Os problemas se refletem não só no aumento do preço do combustível, mas também teve um efeito direto nos preços dos alimentos e produtos transportados pelas estradas.

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Como o IGPM é calculado

Compreender como o cálculo do IGPM é feito também é muito importante. Os dados são colhidos pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e envolvem os preços do mercado no Brasil todo, seja aqueles praticados em setores como indústria, construção civil, agricultura, comércio varejista, seja os serviços profissionais prestados a lares. Essa coleta se dá sempre no dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês de referência. Em seguida, a FGV divulga a cada 10 dias as variações prévias que comporão o índice do período todo.

Além disso, precisamos ressaltar que o IGPM não é calculado em si mesmo. Isso significa que ele é uma média aritmética de outros índices de preços:

Índice de Preços Por Atacado (IPA-M)

Esse é um indicador que possui peso de 60% sobre o IGPM. Seu propósito é monitorar os movimentos de comercialização atacadista. Assim, é possível visualizar o mercado que antecede e impacta as vendas do varejo.

Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M)

Com peso de 30% do IGPM, esse é o índice que mede o comportamento dos preços de muitas áreas que impactam o poder de compra do consumidor. Assim, seu olhar é voltado para áreas como alimentação, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, educação, leitura, transporte e até recreação.

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M)

Esse indicador possui peso de 10% e é coletado em 7 capitais do país. Ele busca avaliar a movimentação do custo para se construir uma moradia no Brasil, incluindo a mão de obra especializada.

IGPM e IPCA: entenda a diferença

Agora que você já sabe o que é IGPM é preciso compreender a diferença dele e do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Enquanto o IPCA é a inflação oficial medida pelo IBGE, ou seja, é uma taxa que oscila menos e indica de forma oficial o quando o dinheiro deixa de valer ou valoriza, o IGPM é uma taxa medida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) que se aproxima mais do mercado e por isso tende a oscilar mais.

Basicamente o IGPM influi diretamente em setores como o imobiliário e aqueles que investem nele são diretamente afetados. Assim, se você é dono de um imóvel ou investidor do setor deve sempre estar atento a esse índice.

61009d97de631a133c9161d1 Reajuste de aluguel Como calcular o IGPM

IGPM e o mercado imobiliário

O índice Geral de Preços-Mercado possui um forte impacto no mercado imobiliário e é conhecido como a “inflação do aluguel”. Isso acontece porque esse é o principal índice utilizado no reajuste anual de aluguel. Previsto em contrato, uma vez ao ano o dono do imóvel corrige o valor mensal cobrado aos inquilinos e normalmente o IGPM do ano anterior é a base utilizada.

Contudo, esse não é o único fator levado em consideração. Por exemplo, se o IGPM teve uma leve deflação no ano anterior, a tendência seria que o valor fosse mantido, correto? Contudo, outros fatores são levados pelo proprietário e um aumento pode sim ocorrer.

Além do aluguel outras contas no dia a dia do brasileiro podem sofrer influência desse indicador:

  • Energia elétrica;
  • Escolas e universidades;
  • Seguros;
  • Planos de saúde.

A importância do IGPM para o mercado e a taxa em 2022

Raramente temos uma deflação do índice IGPM, mas ainda assim ele é vital para a economia do país. Por meio dele temos indicativos econômicos do Brasil, além de suas conjunturas políticas, sociais e financeiras e como isso afeta a população. Por exemplo, quando esse número cresce além do esperado acontece um efeito cascata em que muitas famílias têm suas condições de compra reduzidas, diminuindo assim o consumo e impactando na produção e desemprego.

No ano de 2022 já tivemos a divulgação do IGPM de Janeiro e Fevereiro e esses valores refletem bastante a situação atual do país. Em Janeiro o IGPM subiu 1,82%, após variar 0,87% no mês anterior. Com este resultado o índice acumula alta de 16,91% em 12 meses. Em janeiro de 2021, o índice havia subido 2,58% e acumulava alta de 25,71% em 12 meses. Enquanto isso, o índice subiu 1,83% em fevereiro, ante 1,82% no mês anterior. Com este resultado o índice acumula alta 3,68% no ano e de 16,12% em 12 meses. Em fevereiro de 2021, o índice havia subido 2,53% e acumulava alta de 28,94% em 12 meses.

Fonte: Casa Mineira

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